Poemas Etílicos VI


Um dia frio, triste e chuvoso

Ribeiro, A. O. 21/11/2017


Queria fazer minha mente clara,

Nítida como poesias de Pessoa,

E não como ideias de Nietzsche.

Queria tanto me fazer entender,

Em meio ao mar de desordem de meus pensamentos.

Boa parte do tempo me odeio por ser o que sou,

No restante do tempo, sito culpo pelo que faço

E principalmente pelo que ainda não fiz.

E milagrosamente ainda acho espaço para sorrir,

E debochar da vida, algo que me custa muito caro.

Sinto-me o máximo, mesmo que quase nunca,

Quando eu faço as pessoas que amo sorrirem de verdade,

Quando vejo em seus olhares uma felicidade vivida.

Sinto-me impotente perante ao mundo,

Não que ache que tenhamos propósito, sou niilista,

Mesmo não sabendo explicar o que é isso.

No conjunto geral...

Lá, bem no fundo...

Sou um fracasso, mesmo no sucesso!

Mesmo que acabe sozinho, triste e cheio de mágoas.

Algo inevitável, me parece,

E em meio minha autodestrutividade, 

Sou um retrato mal pintado de algo mal acabado,

Dando voltas entorno de mim,

Buscando o fim do começo. 

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