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Mostrando postagens de novembro, 2017

Poemas Etílicos VI

Um dia frio, triste e chuvoso Ribeiro, A. O. 21/11/2017 Queria fazer minha mente clara, Nítida como poesias de Pessoa, E não como ideias de Nietzsche. Queria tanto me fazer entender, Em meio ao mar de desordem de meus pensamentos. Boa parte do tempo me odeio por ser o que sou, No restante do tempo, sito culpo pelo que faço E principalmente pelo que ainda não fiz. E milagrosamente ainda acho espaço para sorrir, E debochar da vida, algo que me custa muito caro. Sinto-me o máximo, mesmo que quase nunca, Quando eu faço as pessoas que amo sorrirem de verdade, Quando vejo em seus olhares uma felicidade vivida. Sinto-me impotente perante ao mundo, Não que ache que tenhamos propósito, sou niilista, Mesmo não sabendo explicar o que é isso. No conjunto geral... Lá, bem no fundo... Sou um fracasso, mesmo no sucesso! Mesmo que acabe sozinho, triste e cheio de mágoas.

Poemas Etílicos V

O interstício Ribeiro, A. O. - 15/11/2017  O interstício do cosmo, Enorme espaço vazio. Ao micro me viro, vastidões invisíveis. Ao macro faço foco, infinidade dispersa em nada. O que resta contíguas, Do que me vale o contato. Nada vejo, mesmo que nítido. Nada quero, mesmo que tenha. Nada posso, mesmo que permitido. Nada cheiro, mesmo que emane. O interstício do cosmo, Enorme espaço vazio. Nada existe, ao menos nada.